Resenha: Qual Seu Numero? - Karyn Bosnak.

''Eu sempre soube que números eram um mal a vida das pessoas.''

Hey leitores, mais uma resenha pra vocês. Essa foi escrita pela minha colaboradora especial Lena Portela.

Sinopse: Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Sua vida sentimental não tem sido exatamente brilhante, pois todo cara que conhece parece fugir do relacionamento. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número e perder de vez a chance de se casar, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. Será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor? Qual Seu Número? revela os segredos de cada mulher e prova que, quando se trata de assuntos do coração, números são apenas uma fração de tempo.

Titulo: Qual Seu Numero?
Autora: Karyn Bosnak 
Editora: Novo Conceito
Número do Livro: Livro único
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 414
Classificação: 5/5

Opinião:
"Meu nome é Delilah Darling. Tenho 30 anos, sou solteira... E fácil!" - Página 414.
E com essa frase memorável começo minha resenha de Qual Seu Número?. Delilah é uma mulher de quase trinta anos, é designe e trabalha em uma empresa que cria e fabrica produtos domésticos. Ela nunca teve um relacionamento que deu certo, todos foram algum tipo de catástrofe amorosa. Delilah tem uma melhor amiga que gosta de "dar palpites na sua vida", uma irmã que todos acham que ela inveja, um avô que decidiu viver o bom da vida, mas que a ama muito e uma mãe que pensa que ela é lésbica. Ah, e já dormiu com 19 homens. Qual é o problema com isso? Você se pergunta. É um numero de dois algarismos, sim. É uma variedade, digamos assim. Mas não algo assustador.

Bem, não para Delilah. Depois de ler um artigo em um jornal, Delilah descobre que a média de homens para uma mulher de 30 anos é 10,5 e que pessoas que já passaram desse número não encontrariam o homem perfeito, pois provavelmente já tinha-o deixado passar. Delilah fica desesperada, é claro. Meu Deus! Ela dormiu com 19 homens, bem acima da média! É bem ai, (não nesse momento propriamente dito já que Delilah dificilmente consegue se concentrar em um assunto bastante tempo para analisá-lo profundamente por que ela tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade não diagnosticada por médicos.) que ela toma uma decisão para remediar isso.

Delilah decide ir atras dos ex's da sua vida. Imaginando que se ela encontrasse em algum dos seus ex's o homem da sua vida, não teria que passar da média que ela mesma estabeleceu para si. Baseada na primeira média, que ela já havia ultrapassado.

Em uma especie de Road Trip em busca do amor, Delilah cai na estrada para encontrar cada um dos seus ex namorados e conferir se um entre tantos podia ser o par perfeito que ela acabou deixando ir. Ela ainda tem a ajuda do seu vizinho bonitão e irlandês, que vez ou outra gosta de mostrar o quanto é sarado. E de uma cadela super fofa que acaba se tornando sua melhor amiga.

O que posso dizer do livro? Qual Seu Número é muito bom. A escrita de Karyn tem algo de viciante e quando você cai na real, já terminou o livro. Os personagens são bem construídos, as historias dos ex's da personagem são tão diversas e divertidas que te fazem esquecer do tempo enquanto você está imersa na vida de Delilah. Jesus! Delilah é completamente pirada. Quem cairia na estrada atrás de pessoas que você sabe que tem um passado duvidoso, e apenas com a esperança de que eles tenham mudado? Sim, a nossa protagonista. A loucura ajuda com que a gente simpatize com ela, mas, mais do que isso, acho que por Karyn ter criado alguém tão azarada quanto Delilah, a única alternativa que você têm é gostar dela. Sabe, por saber por quantas coisas a coitada tem de passar para ter seu final feliz.

E sim, pode parecer clichê, mas eu costumo pensar que o melhor livro é aquele clichê surpreendente. Os que quando você lê a sinopse já sabe qual vai ser o final, já imagina quem vai ficar com quem. E vai ler. Desinteressada e não esperando muita coisa. E quando você chega nos capítulos finais, bum!, as coisas começam a te surpreender. E mesmo sendo clichê, você termina de ler com um sorriso no rosto.

E quem não terminaria? Com um vizinho como o Colin e as coisas esdruxulas - desde desfaces e tocais na frente da casa do cara, até a clinicas de reabilitação. Não há limites neste livro. - que acontecem durante a leitura que te arrancam gargalhadas, não tem como não terminar sorrindo.

E, alem disso, o livro passa uma lição muito importante sobre como a gente se importa com o que os outros dizem, como damos importância ao que esta dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade. Tanto, a ponto de querer mudar isso desesperadamente. Delilah é um exemplo de muitas pessoas que se esforçam muito para ser aceitável em um mundo onde a média muda todos os dias. Um mundo onde o aceitável é estar se sentindo infeliz consigo mesma.

Aprendi junto com a personagem que não importa o quão demasiada eu seja, a felicidade não é medida por números ou médias. Aliais, ela não é medida absolutamente. Não há uma formula para encontrá-la. Ou um número mágico que faça com ela surja na sua vida com um estalar de seus dedos, ou com a soma da medida dos catetos. (ouviu Geraldo? Não preciso aprender essa teoremas para ser feliz!)

Recomendo Qual Seu Número? para você, é você ai, que precisa de um sorriso, ou uma livro cheio de de coisas boas á serem aprendidas. Qual Seu Numero? é surpreendente.

Ps: Eu odeio números. E depois de ler esse livro... continuou odiando. Não preciso saber a formula de baskara para encontrar a felicidade. Viva!

Quote:
"- Eu sei, mas não consigo parar de pensar que, se eu tivesse feito as coisas de maneira diferente, talvez as consequências não fossem as mesmas.
- É claro que não seriam, mas você também não seria a mesma. Tudo o que você faz na vida, seja bom ou ruim, faz de você quem você é. Não fique remoendo suas decisões, dizendo "talvez". Você não pode mudá-las." - Pagina 389.
Resenha por: Lena Portela.

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